Peças perdidas
razões trocadas
sapatos antigos em caminhos forçados.
Sinais que não soube ler.
Não quer ter escolha.
Fez sempre assim.
E, de cada vez, deitou tudo a perder.
Ficou sempre no cais.
Com o peito em fogo
ao matraquear dos carris,
não ousou nunca saltar para dentro do comboio.
Hoje, tem o passo mais pesado.
O hábito de não correr atrás de comboios
casou com o medo de arriscar.
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