Uma vez e uma ofensa
um horror
e exageros
dores
mágoas velhas
Partículas
e coisas maiores
o pó da estrada
acumulado
na passagem dos outros
por ali
Sofrimentos
e o medo deles
espasmo
e sede
muito betão armado
e silêncio frio
Tudo
multiplicado
por duas vezes
depois por muitas
mais
E perdeu-lhes a conta
perdeu
o pé
e o bom senso
Enrolada
na teia
que tece, frenética,
de memórias trocadas
não reconhece o presente
nem sabe onde está
A minha menina tem frio
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