Correm as mesmas sombras
atrás de sombras
fantasmas de sustos antigos
despertam o sono
gemidos surdos
A vida magoa
de tão viva
e a esperança
parece só castigadora
de sonhos
Falhanços e más escolhas
culpas e futilidades
mal enterrados
recusam-se ao silêncio
espreitam ali à esquina
Já não
sei recordar
o calor do sol no rosto
a luz na pele
os olhos de quem ama
nos meus
Cortar o encantamento
desatar a trança
descer desta torre
ousar dizer
à felicidade
que a quero minha
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